A Angellita deu-me 5 e desafiou-me,creio, a escrever algo sobre mim em relação a 5 palavras.
- Ó Angell, tu andas a tilitar a minha timidez, depois qq dia ninguém me acredita.Tu vê lá no que é que me metes!Mas eu a ti gosto de dizer sim por isso aqui vai:
Foto retirada do talk is cheap.
- Ó Angell, tu andas a tilitar a minha timidez, depois qq dia ninguém me acredita.Tu vê lá no que é que me metes!Mas eu a ti gosto de dizer sim por isso aqui vai:
Foto retirada do talk is cheap.
Lealdade -É uma palavra demasiado cara. É uma palavra de compromisso, de ordem, de lei, connosco e para com os outros...Estou disposta a ser 100% leal mas, em contrapartida, exigo o mesmo dos outros em relação a mim.Frequentemente, é uma palavra que se saca, usa e...dá barraca. Já olhei para esta palavra "a preto e branco", agora tenho tendência a achar que, tal como imensas outras palavras com significados tão caros, é uma palavra que se constrói, uma palavra em permanente construção, dentro e fora de nós. (Foi a segunda palavra a que respondi).
Sorriso - Mostro muitos sorrisos, creio que sorrio bastante,tenho rugas de expressão devido aos meus sorrisos,ehehehe, não sei se sou uma pessoa sorridente mas os sorrisos, de várias formas e feitios, aparecem com facilidade na minha "trombila"...(acho interessante agora q olho p o q escrevi esta foi a primeira palavra sobre a qual respondi ao teu desafio Angell).
Obstinada - No que à pertinácia (persistência, tenacidade, teimosia) esta palavra diz respeito, afirmo, assim de repente e categoricamente, que o sou.Mas, claro, pelo que considere que valha a pena. Chegados aqui convém dizer que até agora,e é a terceira palavra a que estou a responder, esta é uma palavra de dois bicos, encerra vários conceitos e interpretações (pois as outras tb mas...), por isso acho conveniente dizer que é uma palavra que depende muito do contexto e das circunstâncias.Por exº, creio que já fui mais inflexível e relutante, portanto obstinada, em relação a certas coisas do que actualmente e vice-versa.
Disponibilidade - disponibilizo-me espontaneamente com grande facilidade.Isso tem-me trazido alguns dissabores.Por vezes, dá a sensação aos outros que estamos "desocupados" mas nem por isso...a minha disponibilidade tem a ver com o facto de, efectivamente, me sentir livre para o fazer, para me dispor a fazer coisas, maioritariamente, mais pelos outros do que por mim própria. Também deveríamos, digo eu, mostrar disponibilidade para nós próprios, nesta parte presto pouco. Só que, como é comigo mesma que vivo todos os dias, lá tem de ser! Sou senhora de mim mas isso não me dá o direito de ser senhora de ninguém, nem de nada, é que por vezes tb tenho a tendência para dispôr do que é dos outros e deles próprios, ahahah.Engraçado, é a quarta a que respondo e aprendo imenso enquanto o faço. Lá está, mais uma que no que á reciprocidade (olha agora de repente lembrei-me das mutualidades do Diário de um Idiota) diz respeito, ainda tenho de palmilhar um bom caminho.E digo mais, esta é uma palavra que me impõem demasiadas vezes:profissionalmente, socialmente e, francamente, o raio da minha espontaneidade vai-se toda não sei muito bem para onde e qual disponibilidade, qual carapuça! Temos de aprender a dizer não e tantas as vezes quantas as necessárias, com gentileza, até subtileza, se for caso disso mas, disponível sim, só que com conta peso e medida senão onde é que está a nossa disponibilidade e como a poderemos dar mesmo?
Inconformada - Por último o que não deixa de ser um bocadinho irónico. A resignação ou o estado de conformação, quando nos é permitido, i.e., quando a vida no-lo permite, só vem mais tarde, bem lá mais á frente, digo eu que ainda lá não cheguei...Devido ao meu temperamento impaciente, julgo que nunca poderia ser uma pessoa conformada embora, ás vezes, o possa parecer.E há coisas com as quais irremediavelmente teremos de nos ir conformando ao longo do processo, da vida. É complicado olhar para esta palavra, lê-la e não sermos maniqueístas. Não me conformo com os males, aqueles que considero os males do mundo e, principalmente, com os meus males.Julgo poder afirmar que, se não fosse inconformada, já cá não estaria...
Angell, obrigada pela oportunidade que me deste para reflectir um pouco sobre estas palavras.
Agora, se alguém quiser estas 5, fico á espera que passem para give me 5! Deixem comentário para depois poder ir ver.
6 comments:
Gostei muito do que escreveste das tuas 5 palavrinhas! :))
Obrigada por me teres dito sim; e sabes, eu também sou timida... Já somos duas! :))
A lealdade constrói-se, é verdade! Constrói-se naquilo que damos e esperamos dos outros. As rugas de expressão, demostram as tuas emoções. Sorrir faz tão bem! Sentirmos que aprendemos imenso quando escrevemos sobre nós próprios; só pode ser enrequecedor. Que eras impaciente já eu sabia... :))
O teu perfil, está dentro daquilo que eu esperava de ti, rapariga! Temos algumas coisas em comum, é verdade! :))
De nada, ainda bem que gostaste de reflectir; sobre essas 5 palavras; ou seja sobre tu própria, rapariga! :))
Bjs menina radiofónica!
Angell,
Aqui q ninguém nos ouve, desculpa, desculpa falar de forma tão egocêntrica, tão centrada em mim mas...oh tu sabes!
Beijos
Aqui que ninguém nos ouve; não tens que pedir descupas! :))
A ideia, era falares mesmo de ti, rapariga! A ideia era também, de eu ficar a conhecer-te um pouco mais! E fiquei feliz por teres aceite! ;)
Fica bem, e até breve!
Bjs menina radiofónica!
Conformação... não gosto dessa expressão. "Tenho de me conformar"... nops. Não gosto mesmo nada dela. Eu e ela temos uma relação complicada, mau grado, às vezes, a gaja me ganhar aos pontos.
No tempo que "só vem mais tarde" que possamos saber como nos reconciliar com aquilo que de nós nunca chegou a ser. Com aquilo que no mundo nunca conseguimos deixar. Com os passos, decisões, acidentes de percurso que nos desviaram do caminho que traçámos. E que, apesar de tudo, ou por causa de tudo, continue a saber bem viver na nossa pele.
Convidava-te para ires à varanda fumar um cigarro, mas começou a chover. Pode ser nas escadas, sim, mas tens de trazer uma vela porque a lâmpada fundiu.
Angell.
obrigada, mais uma vez!
Carla O.,
Olas, ehehe, apetecia-me mesmo o tal cigarro.E fiquei agora mesmo a saber q tem estado a choviscar por aí e até por Lisboa.Não sabia, andei umas largas horas afastada "do mundo"...
Se for preciso eu levo a vela, tenho sempre uma guardada num local onde lhe possa chegar ás apalpadelas mas não me importo de ficar no escuro só com o som das nossas vozes, o morrão incadescente e o fumo do tabaco.
Para início de conversa, começo por dizer-te que essa reconciliação de q falas e a outra com aquilo q fomos me vai ser penosa, se a vida me der esse "tempo" de q falei, vai ser difícil. E deixei de traçar, deixei de traçar, quero achar q não tenho caminho...dá-me mais jeito por agora, só isso.Neste momento, é-me mais fácil achar/pensar q não traço ou tracei caminho nenhum.
Acho q tenho mesmo de ir para as escadas falar contigo...
Olas? Também tu, Brutus? LOL! Pode ser. Pode ser. Sou mais Olas que Carla. Sempre fui. :)
É um lugar comum, esse, o de preferir achar que não se traça, não se é traçado, que não há caminho. Na verdade acho que nem é uma questão de preferência... falo por mim. É mais uma circunstância a que nos habituamos. Uma dormência que nos impomos para que o que pode doer, não doa tanto. E ainda que a reconciliação seja um conceito digno e pomposo, maior parte das vezes não passa disso mesmo, de uma vã esperança. Às vezes, por dentro, tudo é um beco sem saída, uma parede onde batemos com a cabeça, um grito amordaçado que temos medo de soltar sob risco de ficarmos ainda mais -se tal é possível - estilhaçados.
Mas, enfim, lá dizem que a esperança é a última a morrer. No meu caso imponho-me mudar de vida, antes que a vida se mude de mim e tudo se torne tarde de mais.
Bora lá para as escadas. Que bebes? Isto sem pinga da boa já não vai lá. As mágoas sabem nadar, é um facto, mas bem que podemos pô-las a ressonar por um instante.
Post a Comment